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General Augusto Heleno fica em silêncio parcial em interrogatório sobre golpe no STF

O STF avalia o papel do general Augusto Heleno no suposto plano golpista após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. A defesa do ex-ministro alega falta de provas específicas que comprovem seu envolvimento na trama.

Supremo Tribunal Federal (STF) retoma julgamento sobre suposto golpe de Estado com o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 30 réus.

Na sessão, começou o interrogatório do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

O advogado de Heleno, Matheus Milanez, informou que o general ficará em “silêncio parcial”, respondendo apenas perguntas da defesa, e não do relator Alexandre de Moraes.

Heleno é considerado um dos principais mentores da suposta trama golpista após a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022. Ele faz parte do “núcleo 1” da denúncia, com oito pessoas centrais na conspiração para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

Em março, a defesa de Heleno pediu absolvição sumária, argumentando a falta de “elementos mínimos” que comprovem seu envolvimento. “Não há testemunha ou conversa de WhatsApp”, alegaram.

Contrariando a defesa, dois comandantes militares, Marco Antônio Freire Gomes (Exército) e Carlos Baptista Júnior (Aeronáutica), confirmaram que Bolsonaro discutiu a “minuta do golpe”, que previa decretação de estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Heleno teria sugerido “montar um sistema para acompanhar os dois lados”, incluindo Lula, em reuniões no Palácio da Alvorada.

Após o depoimento de Heleno, serão ouvidos, por ordem alfabética:

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.

O depósito de Bolsonaro é aguardado como um dos momentos mais importantes do julgamento, especialmente após revelações do tenente-coronel Mauro Cid sobre o envolvimento do ex-presidente na elaboração de documentos para um golpe de Estado.

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