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Gaza: quais são os cinco estágios que levam à fome?

A situação alimentar na Faixa de Gaza se agrava, com 154 mortos por desnutrição e alertas da ONU sobre um risco iminente de catástrofe humanitária. Especialistas destacam a urgência de proporcionar ajuda alimentar adequada, especialmente para mães e crianças, para evitar consequências permanentes.

Quase uma a cada três pessoas na Faixa de Gaza passa dias sem comer, segundo o programa de ajuda alimentar da ONU.

Na última quarta-feira (30/7), o ministério de Saúde de Gaza relatou sete novas mortes por desnutrição, totalizando 154 mortes desde outubro de 2023, incluindo 89 crianças.

O presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que existe uma "fome real" em Gaza, enquanto o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, negou essa afirmação.

Apesar da negação, Israel anunciou uma "pausa tática local" para permitir a entrada de ajuda humanitária. Contudo, Tom Fletcher, responsável pela ajuda humanitária da ONU, destacou a necessidade de "imensas quantidades" de alimentos.

Na Cidade de Gaza, uma em cada cinco crianças sofre de desnutrição. A situação se agrava, com hospitais recebendo pacientes em estado de exaustão severa e pessoas desmaiando nas ruas.

A ONU não declarou fome oficialmente, mas a Classificação Integrada de Fases de Segurança Alimentar (CIF) alerta para um risco crítico de catástrofe humanitária na região.

Atualmente, a população está em situação de crise alimentar (Fase 3), com previsão de 469,5 mil pessoas em insegurança alimentar catastrófica (Fase 5) entre maio e setembro de 2025.

Consequências da Fome:

  • A desnutrição afeta severamente o desenvolvimento infantil.
  • A Organização Mundial da Saúde (OMS) descreve o nanismo como resultado de desnutrição, infecções e estímulos inadequados.
  • Mulheres desnutridas correm maior risco de complicações na gravidez.

Para combater a crise, é essencial:

  • Aumentar o fornecimento de alimentos para Gaza.
  • Priorizar alimentação para mães e crianças.

O tratamento envolve nutrição formulada, cuidados médicos e complicações devido à rápida alimentação inadequada.

A chave é garantir que a comida certa chegue a quem mais precisa, com um sistema de assistência médica em funcionamento.

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