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Gastos com BPC saltam 11% e atingem a marca inédita de R$ 10 bilhões por mês em 2025

Ministério da Fazenda enfrenta crescentes gastos com benefícios sociais e educação, dificultando a contenção de despesas. Os custos com o Benefício de Prestação Continuada e o Fundeb aumentam, enquanto propostas para ajustes enfrentam resistência no Congresso.

BRASÍLIA - O Ministério da Fazenda enfrenta desafios nas negociações com o Congresso sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), enquanto os gastos com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) crescem. De janeiro a abril, esse gasto subiu 11,62%, totalizando R$ 41,83 bilhões, com uma média de R$ 10 bilhões por mês.

Em 2024, o BPC, que atende a idosos e pessoas com deficiência, atingiu 0,9% do PIB, influenciado pelo aumento do salário mínimo e decisões judiciais. Medidas para conter gastos foram rejeitadas pelo Congresso, dificultando futuros debates sobre o benefício.

Calcula-se que, até dezembro, os gastos com o BPC chegarão a R$ 127,5 bilhões, com projeções do governo sendo consideradas subestimadas. O economista Tiago Sbardeloto destaca que a fila de pedidos aumentou em mais de 250 mil.

Outro fator que pressiona o orçamento são os repasses para o Fundeb, que cresceram 20,59%, alcançando R$ 22,4 bilhões nos mesmos meses. Os aportes aumentarão progressivamente até 2026.

Apesar da redução do desemprego, os gastos com seguro-desemprego subiram 5,61% para R$ 21,46 bilhões, impulsionados por pagamentos antecipados e a rotatividade do mercado de trabalho.

Os gastos totais do governo federal caíram 1,9% em relação ao ano anterior, devido ao atraso no pagamento de precatórios e outras questões orçamentárias.

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