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Gasto previdenciário foi R$ 4,8 bi maior do que o previsto no primeiro trimestre, diz consultoria

Gastos com benefícios previdenciários superam previsão orçamentária em R$ 4,8 bilhões, enquanto arrecadação fica abaixo do esperado em R$ 13,5 bilhões. Consultores alertam para a necessidade de ajustes significativos nas estimativas de despesas do governo.

Gastos com benefícios previdenciários do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro trimestre de 2023 superaram em R$ 4,8 bilhões a proposta orçamentária aprovada em março, segundo estudo da Conof (Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira).

No mesmo período, a arrecadação caiu R$ 13,5 bilhões devido a frustrações nas receitas de Cofins, PIS/Pasep e CSLL, com o RGPS apresentando uma queda de R$ 1,8 bilhão na arrecadação líquida.

O total arrecadado ficou em R$ 482,8 bilhões, abaixo da previsão de R$ 488,5 bilhões. Apesar de aumentos em arrecadações de Imposto de Renda, IPI e IOF, o resultado ficou negativo.

A equipe econômica já previa necessidade de ajuste nas estimativas de despesas com benefícios previdenciários antes da aprovação do orçamento de 2025. No entanto, o governo Lula decidiu não corrigir todo o texto orçamentário.

O atraso na votação do orçamento resultou na postergação do primeiro relatório bimestral, previsto para 22 de março, essencial para indicar bloqueios ou contingenciamentos de despesas.

Os gastos com BPC foram 2,8% superiores ao previsto, enquanto despesas com seguro-desemprego e abono salarial ficaram 3,9% abaixo.

Se o ritmo das despesas seguir o mesmo, o governo precisará corrigir R$ 20 bilhões para esses gastos. A consultoria projeta um resultado deficitário de R$ 63,8 bilhões, 0,5% do PIB, sem considerar medidas extraordinárias.

INSS e os ministérios relacionados não responderam às solicitações de informação.

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