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Gasolina segue sem cair e setor diz que etanol e inflação pressionam custos

Após quatro semanas de estabilidade, o preço da gasolina nos postos brasileiros permanece abaixo das expectativas de repasse do corte da Petrobras. Setores alegam que outros custos, como etanol e energia elétrica, impactam a composição final do preço do combustível.

Preço da gasolina no Brasil se mantém estável há quatro semanas, sem repasse integral do corte feito pela Petrobras. A gasolina foi vendida a uma média de R$ 6,22 por litro.

Representantes do setor alertam que outros custos, como etanol anidro e energia elétrica, influenciam o preço final. James Thorp Neto, presidente da Fecombustíveis, mencionou: “Nosso mercado não é uma foto, é um filme.”

A Petrobras cortou o preço da gasolina em R$ 0,17 por litro, prevendo um repasse de R$ 0,12 ao consumidor. No entanto, a expectativa não foi atendida, resultando em críticas ao governo e à estatal. Há duas semanas, o Palácio do Planalto ordenou investigações sobre os preços, o que gerou insegurança entre empresários do setor.

Dados do Ineep indicam que as margens de distribuição e refino aumentaram de R$ 1,14 para R$ 1,24 por litro em julho.

Thorp Neto ressalta que a redução da Petrobras impacta apenas o que ela fornece, pois no Norte e Nordeste a maior parte vem de outras fontes, como a Acelen. Em relação ao etanol, o preço subiu para R$ 2,99 por litro antes de cair para R$ 2,95 nas usinas.

Enquanto o preço do etanol hidratado nos postos atingiu R$ 4,21 por litro, representantes do segmento reforçam que os preços estão sendo segurados por custos e inflação. Impostos representam 35% do preço final da gasolina, cerca de R$ 2,17 por litro, mantendo-se constantes desde fevereiro.

Thorp Neto conclui: “Se existe forma de baixar preço, ou é dólar ou petróleo caindo, ou é reduzindo imposto.”

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