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Garimpo ilegal em terras indígenas cai com Lula, mas avança em outras, diz Greenpeace

A redução do garimpo ilegal em terras indígenas aponta avanços, mas a atividade ainda persiste e se adapta às novas realidades. O Greenpeace destaca um crescimento alarmante em regiões específicas, como a Terra Indígena Sararé, exacerbando a crise ambiental e social.

Garimpo ilegal de ouro recua em terras indígenas desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2023, segundo relatório do Greenpeace divulgado em 8 de outubro.

Baseado em imagens de satélite, o relatório aponta que o desmatamento causado pela mineração em áreas protegidas caiu pela metade em comparação ao governo de Jair Bolsonaro (PL).

Entre 2023 e 2024, 4.219 hectares de floresta amazônica foram devastados, equivalente a quase 5.900 campos de futebol. Durante os quatro anos de Bolsonaro, esse número foi de 16 mil hectares, segundo o MapBiomas.

Apesar da redução, o Greenpeace alerta que a atividade ilegal persiste, se adapta e se desloca. Em algumas regiões, o garimpo cresceu exponencialmente, com a participação de organizações criminosas.

O relatório destaca que o garimpo ilegal continua sendo um dos principais vetores de:

  • Desmatamento
  • Contaminação por mercúrio
  • Perda de biodiversidade
  • Desestruturação social

Um caso alarmante é a Terra Indígena Sararé em Mato Grosso, onde o desmatamento por garimpo aumentou 93% entre 2023 e 2024. A área é um novo polo de expansão da mineração ilegal, com indícios da atuação de facções como o Comando Vermelho.

O relatório menciona violência, ameaças de morte e controle territorial agravando a crise humanitária nas comunidades indígenas. Além disso, denuncia a entrada do ouro ilegal na cadeia formal de comercialização, com a Suíça como principal destino das exportações.

O Greenpeace enfatiza a necessidade de rastreio rigoroso da cadeia do ouro e criação de mecanismos eficazes de fiscalização e responsabilização, desde a extração até a exportação.

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