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Gannett deixará de divulgar dados de diversidade após decreto de Trump

A Gannett, maior rede de jornais dos EUA, decide interromper a divulgação de dados de diversidade em sua força de trabalho. A mudança ocorre em meio a uma tendência crescente entre grandes empresas de reavaliar suas iniciativas de diversidade, equidade e inclusão.

A Gannett, maior rede de jornais dos EUA, não publicará mais dados demográficos e de diversidade de sua força de trabalho.

O anúncio aconteceu em uma reunião no dia 9 de abril. Um porta-voz afirmou que a empresa está “se adaptando ao ambiente regulatório em evolução”, fazendo referência ao decreto de Trump que elimina iniciativas de DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão).

A Gannett, que possui o USA Today e mais de 200 jornais locais, removiu menções à diversidade de seu site corporativo. A empresa se comprometeu com a diversidade em resposta à morte de George Floyd em 2020, com a meta de tornar sua força de trabalho tão diversa quanto o país até 2025.

De 2020 a 2023, a Gannett publicou relatórios sobre diversidade, com o último indicando que 63% dos funcionários se identificavam como brancos, uma queda de 73% em 2020. Em 2023, 33,9% das contratações foram de não brancos.

No entanto, até fevereiro, seu site tinha uma página sobre “Inclusão”, que foi transformada em uma página sobre “Cultura”, sem referências à diversidade. A nova citação do CEO Mike Reed enfatiza a cultura da empresa, enquanto o vídeo antigo foi removido.

Hanaa Tameez é redatora da equipe do Nieman Lab, cobrindo inovação na indústria jornalística. Texto traduzido por André Luca.

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