Galípolo nega desconforto com meta de inflação de 3%: 'Essa não é uma discussão'
Gabriel Galípolo reafirma compromisso do Banco Central com a meta de inflação de 3% e descarta desconfortos. O presidente destaca a importância de manter a política monetária ativa, apesar das taxas de juros elevadas.
Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, negou em entrevista nesta terça-feira qualquer desconforto com a meta de 3% para a inflação.
A meta deve ser seguida pelo BC, com variações entre 1,5% e 4,5%. Galípolo afirmou: "Não, a agente não tem nenhum tipo de desconforto com a meta de 3%."
A partir de 2023, a meta de inflação é contínua, considerando o acumulado em 12 meses. Caso fique fora do intervalo por seis meses consecutivos, é considerada descumprida.
O BC ajusta a taxa de juros, atualmente em 14,25%, para cumprir a meta, que é definida pelo Conselho Monetário Nacional, que inclui o BC e ministros da Fazenda e do Planejamento.
Galípolo comentou que, em momentos de aperto na política monetária, é normal sentir o custo financeiro mais elevado.
Segundo ele, o debate sobre a meta de 3% não deve ser uma "discussão", especialmente em comparação com outros países, destacando que o Brasil não é "um outlier" nesse contexto.
Ele ainda enfatizou que, apesar das taxas de juros mais elevadas, o Brasil apresenta um dinamismo forte na economia, mesmo em níveis considerados restritivos por outras economias.