Galípolo não vai culpar Campos Neto por crise do Master
Galípolo enfatiza que o Banco Central atuará com base em critérios técnicos diante das críticas sobre a crise do Banco Master. Ele se distancia das cobranças a Campos Neto e defende a inovação e a concorrência no sistema financeiro.
Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, não vai responsabilizar Roberto Campos Neto, seu antecessor, pela crise do Banco Master.
Galípolo afirma que a análise da compra do Master será técnica e visa evitar politicagem em ambiente polarizado. Desde o anúncio da compra pelo BRB em março, o PT e aliados de Lula têm criticado Campos Neto pela demora em barrar operações arriscadas do Master.
Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara, apresentou representação ao Ministério Público Federal buscando responsabilizar Campos Neto e gestores do Master por supostas manipulações com precatórios.
A relação de Campos Neto com o senador Ciro Nogueira e propostas de alteração no FGC também são mencionadas. O presidente da ABDI, Ricardo Capelli, critica a compra do Master pelo BRB.
No passado, Galípolo foi diretor de política monetária do BC e contribuiu para a norma de restrição ao registro de precatórios, cuja alteração retroagiu para evitar corridas de bancos. O BC implementou mudanças no uso do FGC, consideradas insuficientes pelos grandes bancos.
Desde janeiro, Galípolo evita alinhar-se às críticas contra Campos Neto e destacou sua protagonismo nas decisões sobre a taxa Selic. Em sua entrevista, afirmou que ele é o responsável pela elevação da taxa, apesar das alegações de Haddad sobre Campos Neto.