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Galípolo diz que não se deve usar IOF nem para arrecadar, nem para apoiar a política monetária

Galípolo defende o uso do IOF como um imposto regulatório, sem fins arrecadatórios. O presidente do Banco Central destaca a necessidade de cautela nas mudanças do imposto e sua relação com o crédito e operações financeiras.

Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, expressou sua posição sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), ressaltando que não deve ser usado para arrecadação ou apoio à política monetária.

Em evento do Centro de Debates de Políticas Públicas (CDPP), ele mencionou que o IOF é um imposto regulatório. Sobre o IOF em operações de câmbio, Galípolo destacou que o uso do imposto pode ser interpretado como um controle de capitais, algo a ser evitado.

Referente ao IOF do crédito, ele enfatizou a importância de se considerar a questão regulatória, afirmando que não se deve escolher produtos com base em arbitragem tributária. Galípolo defendeu a busca por uma isonomia nas opções de crédito.

O modelo final das mudanças no IOF ainda está em discussão. Galípolo comentou que é necessário esperar a definição do desenho final para melhor entender as projeções.

No dia 23 de maio, o Ministério da Fazenda anunciou um aumento nas alíquotas do IOF, mas posteriormente decidiu manter a alíquota zerada para investimentos de fundos nacionais no exterior. A medida gerou repercussão política e resistência de setores como o bancário.

Na última segunda, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que uma solução para o ajuste do IOF será apresentada antes da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à França, marcada para terça-feira, dia 3.

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