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Galípolo diz que inflação está acima da meta e elevação da Selic tornou menos atrativo apostar contra o real

Gabriel Galípolo destaca em audiência que a inflação brasileira está disseminada e acima da meta de 3%, alertando sobre a desancoragem das expectativas. O presidente do BC também enfatiza a importância da taxa de juros elevada para atrair investimentos e conter a desvalorização do real.

Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que a inflação do Brasil está acima da meta de 3% e é amplamente disseminada, sem causas pontuais. A declaração foi dada em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Galípolo destacou que a inflação alta abrange diversos produtos, incluindo bens industriais e serviços, e alertou sobre a desancoragem das expectativas de inflação, elemento crucial na política monetária.

O presidente do BC mencionou que bancos centrais emergentes muitas vezes precisam manter juros altos para atrair investimentos e evitar desvalorização da moeda. Este fator tornou menos atrativo apostar contra o real no fim de 2024, especialmente após a elevação da Selic.

Galípolo também relacionou as decisões de política monetária dos EUA com o impacto nos países emergentes e observou que o carry trade da moeda brasileira se tornou vantajoso em relação ao peso mexicano após um aumento na Selic.

Por fim, ele ressaltou a importância do valor do real para a inflação, enfatizando que 60% a 70% da produção de alimentos brasileiras está correlacionada ao preço do dólar. A meta de inflação é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), cabendo ao BC ajustar os juros para cumpri-la.

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