Galípolo diz que há “flexibilidade e cautela” para a próxima decisão sobre juros
Presidente do Banco Central destaca a importância da flexibilidade e cautela na próxima reunião do Copom. Galípolo também menciona a disposição do governo para debater reformas econômicas necessárias.
Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, aborda trajetória dos juros
No sábado (7.jun.2025), Galípolo informou que o Banco Central analisa dados para a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) em 17 e 18 de junho.
Ele destacou a “flexibilidade e cautela” nas decisões, reconhecendo que o atual patamar da taxa Selic, que é de 14,75% ao ano, é “incômodo e desconfortável”.
Galípolo comentou sobre a disposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir uma reforma estruturante da economia.
Segundo ele, é crucial comunicar como o Banco Central irá reagir diante das incertezas econômicas atuais, enfatizando a defesa da moeda nacional.
Galípolo mencionou que a cautela se deve à elevada incerteza global, e que movimentos bruscos não são esperados nesse contexto.
O presidente do BC ressaltou a importância de discutir os gastos do governo de forma coletiva, mencionando a boa vontade de Lula e a disposição de líderes do Congresso para avançar nas reformas necessárias.
Ele também enfatizou a necessidade de um debate transparente com a sociedade sobre os trade-offs das mudanças. “Não dá para tirar esse band-aid sem dor”, disse.
Galípolo concluiu com a intenção de aproveitar o consenso atual para implementar as reformas estruturais necessárias.
A repórter viajou a convite da Esfera Brasil.