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Galípolo diz que escalada da guerra tarifária pode gerar desaceleração 'abrupta' na economia global

Gabriel Galípolo destaca os riscos crescentes da guerra comercial e sua influência nos preços de mercado. Ele alerta que a escalada das tarifas pode provocar uma desaceleração econômica global mais forte do que a inicialmente prevista.

Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, alertou na terça-feira, 22, sobre a possibilidade de desaceleração econômica global devido à intensificação da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

A declaração ocorreu durante uma audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, parte do cronograma de prestação de contas da autoridade monetária ao Congresso.

Galípolo destacou que o cenário internacional tem sido um dos principais fatores que influenciam os preços de mercado. Desde o final de 2024, notou uma mudança na percepção dos agentes econômicos em relação a um possível novo governo Trump.

Inicialmente, havia expectativa de uma gestão pró-mercado, mas essa visão evoluiu para preocupações sobre o impacto das tarifas comerciais e a instabilidade associada.

Ele afirmou: “O que estamos vendo agora é um movimento que pode caminhar para um cenário de aversão ao risco. Se essa guerra tarifária escalar, podemos ter uma desaceleração mais abrupta e mais forte da economia global.”

Galípolo explicou que a instabilidade pode provocar desaceleração, mas uma escalada da guerra tarifária pode levar a um cenário ainda mais crítico, com investidores buscando ativos seguros e alterando o fluxo global de capitais.

Ele ponderou sobre os possíveis caminhos para 2025:

  • Arrefecimento das tensões por meio de acordos, reduzindo os impactos negativos.
  • Agravamento da disputa, resultando em desarticulação de cadeias produtivas e impactos mais duradouros.
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