Galípolo diz que BC vai ao Copom com “opções em aberto” e defende cautela
Galípolo enfatiza a necessidade de flexibilidade e cautela na política monetária diante da incerteza. O presidente do BC também destaca o compromisso da autarquia em controlar a inflação e a importância de uma agenda fiscal sustentável para atrair investimentos.
Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirma que a autarquia chegará à reunião de política monetária com "opções em aberto".
No Fórum Esfera, Galípolo destacou a necessidade de flexibilidade e cautela devido à "elevada incerteza" no Brasil e no mundo.
Ele reiterou que movimentos bruscos na política monetária não são esperados, dada a situação atual contracionista.
Galípolo mencionou que o BC está "insatisfeito" com a inflação acima da meta e que continuará a trabalhar para alcançá-la em 3%.
O Copom se reunirá nos dias 17 e 18 de junho e, em maio, a Selic foi elevada para 14,75% ao ano.
A expectativa no mercado é dividida: 33% de probabilidade de manutenção da Selic e 62% para alta de 25 pontos-base.
Sobre as discussões entre governo e Congresso sobre o IOF, Galípolo classificou a interação entre os Poderes como uma “boa notícia” para a sustentabilidade fiscal.
Ele destacou a importância de reformas que melhorem a sustentabilidade das contas públicas como um atrativo para investimentos estrangeiros.
Galípolo também apontou que, apesar de a política monetária ter autonomia, a política fiscal precisa ser negociada com vários atores.