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Galípolo aponta inflação disseminada e afirma que o BC precisa ser o “chato da festa”

Galípolo enfatiza que a inflação no Brasil está disseminada entre diferentes setores e exige cautela na política monetária. Ele também alerta sobre os riscos externos, como tensões comerciais que podem impactar a economia mundial.

Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, alerta sobre inflação no Brasil

Nesta terça-feira (22), durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Galípolo afirmou que a inflação não é um fenômeno pontual, mas sim disseminada entre diferentes grupos de produtos.

Ele destacou que a elevação dos preços está presente em bens industriais e serviços, exigindo cautela do BC na política monetária.

Galípolo declarou que o dinamismo econômico levou o BC a um nível de juros restritivo, apesar da inflação ainda estar alta. Ele mencionou que o cenário internacional influencia os preços, citando incertezas na política econômica dos EUA.

O IPCA subiu 0,56% em março, com uma alta acumulada de 5,48% em 12 meses, ultrapassando o teto da meta de inflação de 3% para 2025.

Galípolo observou que as expectativas de inflação estão desancoradas até 2027, um desafio para a política monetária. Ele comparou o papel do BC a moderar excessos em uma festa, necessário para manter a estabilidade.

O grupo de alimentação no domicílio foi destacado como impactado pela recente depreciação cambial.

Galípolo também comentou as tensões comerciais globais, especialmente as tarifas de Donald Trump, alertando que uma nova guerra tarifária pode desacelerar a economia mundial.

Ele enfatizou que, nesse cenário, investidores buscam ativos mais seguros, representando um desafio para o Brasil. Contudo, a economia brasileira continua a apresentar dinamismo excepcional, impulsionada por safras recordes e forte atividade setorial.

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