Futuro da Gocil passa pela venda de ativos do Grupo Cinel, segundo plano aprovado

Grupo Cinel, dono da Gocil, planeja vender ativos como parte do plano de recuperação judicial aprovado por credores devido a uma dívida de R$ 1,758 bilhão.

O plano inclui a contratação de um empréstimo DIP de R$ 75 milhões com o BTG Pactual e a venda de ativos para pagamento.

Fundado por Washington Umberto Cinel em 1984, o grupo começou oferecendo serviços de segurança e vigilância e se expandiu para áreas como manutenção e agronegócio.

Atualmente, com aproximadamente 20.000 colaboradores, a Gocil atende diversos segmentos, incluindo saúde e varejo.

O grupo atribui desafios financeiros à elevada alavancagem e ao aumento dos custos. Durante a assembleia de credores, o plano teve aprovação significativa:

• 99,2% para credores de classe 1 (dívidas trabalhistas)
• 91% para credores de classe 2 (garantia real)
• 83% para credores de classe 3 (quirografários), com dois anos de carência.

A maior parte da dívida é composta por CRA e Fiagros, sendo os principais credores o Banco do Brasil e o BNB.

O grupo já iniciou a venda de ativos, com forte demanda por terras, especialmente no Nordeste. A aprovação do plano resultou em uma redução de 40% na dívida a valor presente.

A Gocil reduziu seu tamanho em 30% e o quadro de funcionários em 60% para melhorar a situação financeira.

O faturamento do grupo em 2024 superou R$ 1 bilhão. Futuras atuações incluem serviços nos setores de saneamento e infraestrutura, além de migração para tecnologia associada ao sistema Smart City.