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Fungo que inspirou 'The Last of Us' existe mesmo — e apareceu em documentário da BBC

A segunda temporada de The Last of Us traz à tona a conexão entre ficção e a realidade dos fungos parasitas, destacando o impacto dos Cordyceps na natureza. Enquanto cientistas desmentem a possibilidade de um cenário apocalíptico, eles ressaltam a importância de estudar infecções fúngicas e suas consequências na saúde pública.

A segunda temporada de The Last of Us, da HBO, começou a ser exibida em 13 de abril. A série é inspirada em um fungo real, o Cordyceps, que controla insetos, como formigas, mas não humanos.

A história da série se passa em um futuro pós-apocalíptico após uma pandemia causada por esse fungo, transformando pessoas em zumbis.

No documentário Planet Earth, narrado por David Attenborough, as formigas infectadas são guiadas pelo fungo e expulsas de suas colônias. O Cordyceps é crucial para equilibrar a natureza.

A série é baseada na franquia de jogos da Naughty Dog. Os criadores, Bruce Straley e Neil Druckmann, se inspiraram no documentário para criar a narrativa de infecção em humanos, iniciada em setembro de 2013.

  • A infecção tem quatro estágios, afetando o comportamento e a aparência das vítimas.
  • Na fase final, o fungo mata o hospedeiro e libera esporos.

Embora a premissa de zumbis seja ficcional, cientistas garantem que infecções fúngicas em humanos existem, mas não com o mesmo controle mental retratado na série.

O Cryptococcus é um exemplo de fungo capaz de afetar a saúde humana, mas requer um sistema imunológico comprometido.

A resistência dos fungos a tratamentos e ao calor é um problema crescente, potencialmente permitindo a evolução de patógenos.

Estudos apontam que infecções fúngicas são comuns e frequentemente negligenciadas:

  • 1 milhão de casos de cegueira anualmente devido a ceratite fúngica.
  • 1 bilhão com micoses de pele.
  • 300 milhões com infecções fúngicas sérias a cada ano.

Apesar da improbabilidade de uma pandemia por fungos, pesquisadores acreditam que a conscientização sobre o problema é essencial e deve ser mantida. "Devemos estar sempre preparados", conclui o pesquisador Marcio Lourenço Rodrigues.

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