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Fundos públicos com royalties do petróleo viram instrumentos para fomentar transição energética

Governador busca investidores para fundo que visa descarbonização no Espírito Santo. Iniciativa almeja apoiar projetos sustentáveis e reduzir emissões de gases até 2030.

Governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), apresentará hoje, em Nova York, um novo fundo de descarbonização do estado, com R$ 500 milhões iniciais do fundo soberano capixaba.

O objetivo é apoiar projetos de empresas estaduais para a redução de emissões de gases do efeito estufa. Casagrande busca novos cotistas, incluindo fundos soberanos e privados, como o de George Soros.

Na agenda, há encontros com o BNDES e a BlackRock. Um chamamento público para gestoras de investimentos já foi lançado e a definição da gestora deve ocorrer até agosto, visando um contrato para a COP 30.

Os investimentos terão juros vinculados ao IPCA mais 1,5%. As iniciativas devem alinhar-se ao Plano Estadual de Descarbonização, que busca reduzir as emissões em 27% até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2050.

Empresas como Vale e Petrobras poderão ser beneficiadas, mas o foco é na economia local e startups. Casagrande ficará na Brazilian Week 2025 e participará de um encontro global sobre fundos soberanos.

Comparativamente, os fundos soberanos no Brasil são geralmente administrados por estados e municípios. Recentemente, o governador do Amapá também anunciou planos para um fundo similar, utilizando royalties do petróleo para financiamento ambiental.

Apesar das iniciativas, o Brasil carece de um plano robusto para a destinação de royalties do petróleo em investimentos verdes. O fundo do Espírito Santo é um dos poucos considerados bem-sucedidos no país, gerenciados pelo Bandes e Banestes.

Leandro Ferreira, do Fórum de Fundos Soberanos Brasileiros, ressalta a importância de regulamentação federal para utilizar receitas de atividades poluentes para mitigar seus impactos ambientais.

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