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Fundos ESG registram fuga recorde de capital com crescente oposição a investimentos sustentáveis

Retiradas de investimentos sustentáveis alcançam recorde global, refletindo crescente resistência ao ESG. A tendência surge em meio a críticas políticas e mudanças de regulamentação que desafiam a aceitação de princípios sustentáveis nas finanças.

Investidores retiram recorde de recursos de fundos "sustentáveis" no primeiro trimestre do ano, evidenciando uma reação global contra investimentos baseados em critérios ambientais, sociais e de governança (ESG).

Os investidores americanos diminuíram sua exposição a fundos mútuos sustentáveis pelo décimo trimestre consecutivo. Na Europa, foi a primeira vez que se tornaram vendedores líquidos desde 2018, com retiradas de US$ 1,2 bilhão.

As saídas totalizaram US$ 8,6 bilhões, a maior retirada já observada, indicando que a resistência ao ESG se espalha, especialmente na Europa, que detém 84% dos fundos ESG globais.

A crítica ao ESG vem principalmente da direita política, que afirma que ele prioriza agendas sociais em detrimento dos retornos financeiros e promove um tipo de "capitalismo consciente".

A análise da Morningstar revela que as retiradas não estão ligadas a um desinteresse geral pelo mercado. Há um aumento na cautela dos gestores de ativos em relação ao ESG, impulsionado pela administração Trump.

Com novas regras na UE contra investimentos que apenas "fingem" serem sustentáveis, 335 produtos sustentáveis mudaram de nome na Europa, e 20 fundos nos EUA fecharam suas portas, atingindo um recorde trimestral.

Como resultado, a reinterpretação do que é aceitável como investimento ESG, incluindo empresas de defesa, pode causar confusão entre investidores que, anteriormente, evitavam esses setores.

"[Os reguladores] estão dizendo que é aceitável investir em armas", enfatizou Bioy, destacando a mudança nas percepções sobre investimentos sustentáveis.

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