Fundos de pensão têm R$ 1,7 bilhão de letras do Master sem garantia
Fundos de previdência de servidores investem R$ 1,7 bilhão em letras financeiras do Banco Master, atraídos por altas taxas de retorno. Apesar da falta de garantia do FGC, diretores alegam que a análise prévia indicou bons resultados.
Fundos de previdência de estados e municípios investem R$ 1,7 bilhões no Banco Master, sem a garantia do FGC.
Dez fundos, liderados pelo Rioprevidência, aplicam R$ 970 milhões na instituição. O Rioprevidência gerencia recursos de aposentadoria dos servidores do RJ, representando mais de 7% de suas aplicações.
Em reunião do comitê de investimentos do fundo, discutiu-se a atratividade dos retornos do Master, destacando-se a falha da Caixa Asset em diligências para analisar a compra de R$ 500 milhões em papéis do banco.
O diretor de investimentos, Euchério Lerner Rodrigues, enfatizou os retornos superiores do Master em comparação a outras instituições, mesmo diante de questionamentos.
O Amprev, que administra aposentadorias do Amapá, possui R$ 410 milhões no banco, e outro fundo do Amazonas detém R$ 54,4 milhões. Outros fundos municipais também investiram, como Cajamar (R$ 100 milhões) e São Roque (R$ 55,8 milhões).
Apesar das tentativas de contato da Folha, muitas instituições não se manifestaram. Porém, o fundo de São Roque afirmou que os aportes seguiram a legislação.
O Master possui um passivo de R$ 2,3 bilhões, alta de 54% em relação a 2023. Parte do banco está sendo vendida para o BRB, com a transação sob análise do Banco Central e CADE.