Fundos de investimentos fecham 1º semestre com resgates líquidos de R$ 37,8 bilhões
Apesar dos significativos resgates líquidos de R$ 37,8 bilhões no primeiro semestre de 2025, o patrimônio líquido dos fundos de investimentos cresceu 9,2%, alcançando R$ 9,9 trilhões. O setor viu uma migração de investimentos, com a renda fixa atraindo R$ 59,4 bilhões, enquanto os fundos de ações e multimercados enfrentaram saídas expressivas.
Fundos de investimento enfrentam resgates líquidos de R$ 37,8 bilhões no primeiro semestre de 2025, uma queda significativa em comparação aos R$ 190,0 bilhões atraídos no mesmo período do ano anterior.
Apesar disso, o patrimônio líquido cresceu 9,2%, alcançando R$ 9,9 trilhões, impulsionado pela valorização dos ativos.
Destaques dos saques:
- Fundos de ações: R$ 43,6 bilhões em saques
- Fundos multimercados: R$ 78,9 bilhões em retiradas
- Previdência privada: R$ 9,9 bilhões de resgates líquidos
- Renda fixa: R$ 59,4 bilhões em entrada de recursos
Fundos de índice (ETFs) também se destacaram com R$ 4,4 bilhões e FIDCs com R$ 20,8 bilhões.
No mercado geral, o poder público fez aportes de R$ 38,3 bilhões, enquanto pessoas físicas (-R$ 27,6 bilhões), empresas (-R$ 50,9 bilhões) e o público institucional (-R$ 17,4 bilhões) apresentaram saldo negativo.
Os fundos de renda fixa atingiram R$ 4 trilhões, um aumento de 11,1% em 12 meses. Os investidores institucionais lideraram este crescimento, com 16% de incremento.
Fundos com crédito privado tiveram resgates de R$ 12,6 bilhões entre janeiro e maio e acumularam R$ 116 bilhões em captação no último ano.
A renda fixa de duração e crédito livres apresentou a melhor performance com 7,0%, superando o CDI de 6,4%.
Os fundos multimercados reduziram seu patrimônio de R$ 1,7 trilhão para R$ 1,5 trilhão entre junho de 2024 e 2025. A participação da pessoa física caiu 18%, com um saldo de R$ 601,8 bilhões.
Fundos de arbitragem long short e de capital protegido apresentaram as melhores performances do ano, com 12,6% e 8% respectivamente. O saldo dos fundos de ações diminuiu 3%, com R$ 608,9 bilhões.
A rentabilidade de ações setoriais (35,8%) e ligadas à sustentabilidade (25,2%) superou os 15,4% do Ibovespa no período.