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Fundo soberano de Cingapura minimiza temores de bolha de inteligência artificial

GIC mantém otimismo em relação ao setor de inteligência artificial, mas alerta sobre riscos de supervalorização. Fundo soberano destaca a necessidade de análise cuidadosa para identificar oportunidades com retorno a longo prazo.

Fundo soberano de Cingapura (GIC), um dos maiores investidores do mundo, não prevê bolha no setor de inteligência artificial, apesar do aumento de investimentos.

O GIC, que administra cerca de US$ 800 bilhões, alerta sobre a necessidade de escrutínio diante da enxurrada de capital nesse setor e o impacto nas oportunidades de investimento.

O diretor de investimentos, Bryan Yeo, mencionou: "Embora não vejamos uma bolha, há focos de supervalorização e focos de valor." O GIC busca identificar oportunidades que tragam retornos de longo prazo.

No relatório anual, o GIC revelou um retorno médio anual de 3,8% acima da inflação nos últimos 20 anos. Apesar da estabilidade, a recompensa por risco de mercado "provavelmente será menor" devido a altas avaliações.

As Américas permaneceram como o maior destino de investimento, com 49% da carteira do GIC. Já a região Ásia-Pacífico registrou queda de 28% para 24%.

O GIC continua a focar em identificar temas estruturais e realizar due diligence aprofundada. O CEO, Lim Chow Kiat, destacou a estratégia de investir em toda a cadeia de valor da inteligência artificial.

O setor de inteligência artificial atraiu centenas de bilhões de dólares, com os EUA recebendo mais de 70% de todo o financiamento de capital de risco no primeiro trimestre, segundo a consultoria EY.

O GIC tem investimentos notáveis, como a Equinix, operadora de data centers, e firmou uma joint venture com o Canadá para levantar mais de US$ 15 bilhões na expansão desses centros nos EUA.

Por classe de ativos, o GIC aumentou a alocação em ações de 46% para 51%, enquanto a renda fixa caiu de 32% para 26%. O GIC visa gerar retornos acima da inflação e aumentar o poder de compra das reservas de Cingapura.

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