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Fundo de pensão do Amapá compra R$ 100 mi em títulos do BRB

Amprev investe R$ 100 milhões em títulos do Banco de Brasília em operação controversa. A transação, realizada sob gestão de Jocildo Lemos, levanta questões sobre a conformidade com regulamentações de fundos de pensão.

Fundo de Pensão do Amapá (Amprev) destinará R$ 100 milhões em títulos do Banco de Brasília (BRB), em operação considerada irregular. A decisão ocorre antes da compra de 58% do Banco Master pelo BRB.

O Amprev, que administra cerca de R$ 1,56 bilhão em investimentos, possui R$ 400 milhões em letras do Banco Master. A operação é gerida por Jocildo Silva Lemos, ligado ao partido União Brasil, que também tem Alberto Samuel Alcolumbre Tobelem no CEP, irmão do presidente do Senado.

Segundo o CMN, fundos de pensão não podem investir em instituições financeiras controladas por Estados. O GDF detém 65,63% do BRB. As letras compradas são subordinadas, oferecendo maior risco e sem a proteção do FGC.

O BRB emitiu essas letras desde 2022 para manter índices de Basileia. Em 2023, realizou dois aumentos de capital superiores a R$ 1 bilhão. A Moody’s reavaliou a nota de crédito do BRB devido à aquisição do Master, que pode aumentar desafios de capital.

O banco teve um lucro de R$ 282 milhões em 2024, mas seu índice de Basileia caiu de 14,68% (2023) para 12,94% (2024), ficando acima do mínimo de 10,5% exigido pelo Banco Central. O capital principal também está em limites críticos.

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