Fundadores da Tok&Stok e acionista rebatem Mobly e pedem que Justiça negue suspensão de OPA
A disputa entre acionistas agrava-se com a justificativa da Mobly de que a OPA é ilegal, enquanto Dubrule e Home24 negam qualquer irregularidade. O caso está sendo analisado na Justiça, com consequências que podem impactar a estrutura acionária da empresa.
A disputa pelo controle da Mobly teve desenvolvimentos recentes. No dia 28, a acionista Home24 e a família Dubrule, fundadores da Tok&Stok, pediram à Justiça para indeferir a solicitação da Mobly que visa suspender a Oferta Pública de Aquisição (OPA) proposta pelos Dubrule.
A Home24 também requisitou a remoção da poison pill, uma cláusula de proteção a acionistas minoritários. Além disso, pediram a condenação da Mobly por litigância de má-fé, com multa de 10% sobre o valor da causa. O caso está sendo tratado na 1ª Vara Empresarial de São Paulo.
No documento apresentado à Justiça, a Home24 e os Dubrule negaram acusações de fraude na aquisição do controle da companhia. Eles afirmam que a Mobly distorceu os fatos para proteger interesses pessoais.
A Mobly, por sua vez, entrou com um pedido para suspender uma assembleia prevista para 30, argumentando que a OPA é ilegal devido a um suposto acordo da Home24 para receber um pagamento superior.
Segundo a Home24, a administração da Mobly estaria tentando impedir a venda de ações para viabilizar uma compra da empresa pelos próprios gestores. Um e-mail do CEO da Mobly, Victor Noda, indicaria interesse em discutir a venda da empresa.
A Home24 acusa que a Mobly distorceu informações e que a poison pill é uma condição difícil para venda de controle da empresa, afetando a liquidez de todos os acionistas.
A OPA está marcada para 15 de maio, necessitando da aprovação dos debenturistas para alterar a poison pill em uma assembleia que ocorrerá em 30. A assembleia de debenturistas, prevista para 29, foi cancelada pelo Santander.