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Freire Gomes, testemunha contra Filipe Martins, enfraquece acusação a ex-assessor de Bolsonaro

General Freire Gomes diz não reconhecer Filipe Martins, ex-assessor da Presidência, durante depoimento à PF. A defesa de Martins celebra a incerteza quanto à sua participação na reunião que resultou na minuta do golpe.

General Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, afirmou não conhecer Filipe Martins, ex-assessor da Presidência, durante depoimento à Polícia Federal.

Ele destacou que um “assessor” leu uma minuta do golpe na reunião de 7 de dezembro de 2022, no Palácio da Alvorada, mas não sabia de quem se tratava.

Durante o depoimento, que ficou em 157 páginas, a dúvida se Martins era o assessor mencionado persistiu. Quando questionado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, o general afirmou, “Agora, depois do noticiário, eu sei quem ele é, mas eu não teria condições”.

Na última menção a Martins, o general destacou outros presentes na reunião, incluindo o almirante Almir Garnier e o coronel Mauro Cid.

O ministro Alexandre Moraes também se referiu a Martins como “possivelmente” o assessor presente na reunião. Martins está entre os 34 denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por tentativa de golpe de Estado e abolição do estado democrático de direito.

A ele é atribuída a confecção de uma das minutas do golpe, que incluía prisões de figuras como Moraes e ministros do STF. O conteúdo do depoimento foi celebrado pela defesa de Martins, que pretende utilizar o termo “possivelmente” a seu favor.

Martins é o único do núcleo jurídico denunciado por Gonet. Acusações contra outros investigados, como o padre José Eduardo de Oliveira e Silva e o advogado Amauri Feres Saad, foram arquivadas.

O coronel Mauro Cid, em sua delação, afirmou não ter provas que corroborassem as acusações contra Martins, dizendo: “Não. Tudo foi feito no computador dele.”

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