Fraudes no INSS: AGU diz que investigações apontam para uso de criptomoedas para esconder desvios
Governo investiga uso de criptomoedas por associações fraudulentas no INSS e considera mudanças nas formas de desconto de entidades nas folhas de pagamento. AGU pede bloqueio de bens e quebra de sigilo de entidades suspeitas em esquema que causou prejuízo estimado em R$ 2,56 bilhões.
AGU investiga fraudes no INSS
O ministro-chefe da AGU, Jorge Messias, informou que o governo está apurando se associações envolvidas em fraudes no INSS usaram criptomoedas para esconder patrimônio.
Messias destacou a dificuldade de rastrear esses ativos, mas afirmou que a AGU possui ferramentas para identificá-los. Ele afirmou que um pedido de bloqueio foi feito, visando rastrear o fluxo de recursos por corretoras de criptomoedas.
No início do mês, o ministro revelou a existência de "fortes indícios" de que organizações criminosas desviaram aposentadorias e pensões utilizando criptomoedas.
A AGU está avaliando a possibilidade de cancelar descontos de entidades associativas nas folhas de pagamento do INSS. Messias mencionou que existem alternativas, como Pix e contas bancárias, para facilitar a interação com associados.
Ele alertou sobre os riscos e fragilidades do sistema atual. Em 8 de outubro, a AGU pediu o bloqueio de bens e quebra de sigilo de 12 entidades, totalizando R$ 2,56 bilhões, que representam o prejuízo mínimo estimado.
Após isso, mais seis empresas e oito pessoas foram incluídas no bloqueio. As suspeitas envolvem pagamentos de propina a funcionários do INSS, que podem ter chegado a R$ 23,8 milhões.