Fraude no INSS escancara a indiferença do governo com a corrupção
Prisão de Fernando Collor vira palco de reflexão sobre a impunidade no Brasil. Mega escândalo do INSS escancara a falta de ações efetivas no combate à corrupção governamental.
Prisão de Fernando Collor, ex-presidente da República, e o mega escândalo do INSS marcam a atualidade política. Collor foi preso após ser condenado por corrupção pelo STF, 33 anos após seu impeachment.
A prisão, embora simbólica, ocorre em um cenário de impunidade generalizada. É relevante, mas o foco está no escândalo do INSS, onde fraudes resultaram em descontos criminosos superiores a R$ 6 bilhões desde 2019.
A fraude envolveu a falsificação de assinaturas de aposentados e pensionistas, com a conivência de associações sindicais e omissões do INSS. Reclamações foram ignoradas por anos, tanto em governos anteriores quanto no atual, mesmo após as fraudes serem expostas há dois anos.
Com a pressão da Polícia Federal, o governo foi forçado a demitir diversos altos cargos do INSS, mas questões ficam no ar: por que as ações não foram tomadas antes? O governo parece agir apenas quando a situação se torna insustentável, preocupado com a imagem nas eleições de 2026.
O desinteresse pelo combate à corrupção é histórico. O governo anterior desmantelou a Lava Jato e não substituiu a estrutura de combate, enquanto a atual administração ignora essa pauta.
A preocupação com o ressarcimento aos aposentados é válida, mas é crucial melhorar os canais de denúncia do INSS e punir os responsáveis pelas fraudes. Apurações rigorosas são essenciais para responsabilizar todos os envolvidos e evitar futuras ocorrências.