Francisco não estava em lista dos mais cotados em 2013; como foi o último conclave
A eleição inesperada de Jorge Mario Bergoglio no conclave de 2013 marcou um ponto de virada para a Igreja Católica ao introduzir uma liderança focada na inclusão social e na justiça. Seu legado como papa será lembrado pelas reformas audaciosas e pela defesa dos mais vulneráveis ao redor do mundo.
Morto na última segunda-feira (21), aos 88 anos, o papa Francisco deixou um legado notável, visando reformar a Igreja Católica e aproximá-la dos pobres.
Sua eleição, em março de 2013, surpreendeu muitos. O então arcebispo de Buenos Aires não era considerado favorito, com o italiano Angelo Scola, bispo de Milão, liderando as apostas por ser uma opção conservadora com grande apoio.
Além de Scola, outros nomes, como o cardeal brasileiro Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, e os cardeais Marc Ouellet e Timothy Dolan, também eram cogitados. No entanto, a fragmentação de votos e a falta de consenso entre os tradicionais abriram espaço para a ascensão de Jorge Mario Bergoglio.
O conclave de 2013 teve 115 cardeais eleitores e necessitava de pelo menos 77 votos para a escolha. Bergoglio se destacou como alternativa de compromisso durante as votações e foi eleito no segundo dia.
Francisco, o primeiro papa latino-americano e primeiro jesuíta a assumir o trono de Pedro, começou seu papado com um gesto de humildade. Seu governo, que durou 12 anos, foi marcado por:
- Iniciativas de descentralização da Igreja;
- Combate à pedofilia no clero;
- Defesa do meio ambiente.
Nos últimos anos, Francisco tomou posições firmes em contextos geopolíticos. Durante a escalada de violência entre Israel e Hamas, pediu um cessar-fogo imediato e a abertura de corredores humanitários em Gaza, clamando por diálogo, não armas.