França vai reconhecer Estado palestino; EUA e Israel rejeitam a medida
França planeja reconhecer o Estado palestino em setembro de 2025 durante a ONU. A decisão provoca reações negativas de Israel e dos Estados Unidos, que consideram a medida imprudente e um risco à paz na região.
França reconhecerá oficialmente o Estado palestino durante a Assembleia Geral da ONU em setembro de 2025, anunciou o presidente Emmanuel Macron em 24 de julho de 2025.
A decisão gerou reações negativas de Israel e dos Estados Unidos.
Macron enviou uma carta ao presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, onde afirma ser fiel ao “compromisso histórico com uma paz justa e duradoura no Oriente Médio”. Ele fará o anúncio solene na Assembleia Geral.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou a decisão, alegando que um Estado palestino pode “recompensar o terror” e ameaçar Israel. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, também se opôs à medida, afirmando que a decisão “serve à propaganda do Hamas” e atrasa a paz.
A França busca manter a ideia de uma solução de 2 Estados. A proposta foi considerada há meses, inicialmente planejada para ser anunciada em uma conferência com a Arábia Saudita. O evento, adiado devido a pressões dos EUA, será reprogramado para 28 e 29 de julho de 2025.
Diplomatas indicam que houve resistência de aliados como Grã-Bretanha e Canadá. A França foi alertada sobre possíveis retaliações de Israel, como redução no compartilhamento de inteligência.
O vice-presidente da Autoridade Palestina, Hussein Al Sheikh, agradeceu à França, ressaltando o apoio aos direitos do povo palestino.
Na carta, Macron menciona:
- Urgência de cessar-fogo e ajuda humanitária para Gaza;
- Construção do Estado da Palestina.
A declaração enfatiza: “A paz é possível. Não há alternativa.”