França fecha estandes israelenses no Salão de Paris por considerar armas ofensivas
Tensão entre França e Israel se intensifica após fechamento de estandes de empresas israelenses no Salão Aeronáutico de Paris. A medida é vista como uma resposta às práticas militares israelenses em Gaza e gera críticas de políticos norte-americanos presentes no evento.
A França fechou os estandes das quatro principais empresas israelenses no Salão Aeronáutico de Paris. A ação foi uma resposta à recusa em retirar armas consideradas ofensivas da exposição.
A medida, condenada por Israel, evidencia as tensões entre os aliados tradicionais. A ordem veio após as empresas não cumprirem a diretriz de uma agência de segurança francesa.
Os estandes fechados pertenciam à Elbit Systems, Rafael, IAI e Uvision; enquanto três estandes menores que não exibiam armamentos permaneceram abertos.
A França, que tem endurecido sua posição em relação ao governo de Binyamin Netanyahu, destacou a diferença entre o direito de defesa de Israel e as ações militares no exterior.
O Ministério da Defesa de Israel rejeitou a ordem e criticou a decisão, que envolveu a construção de uma parede preta separando os estandes israelenses dos demais.
O presidente da IAI, Boaz Levy, comparou a situação a "dias sombrios" da segregação. Políticos dos EUA, como a governadora do Arkansas, Sarah Huckabee Sanders, também criticaram a medida.
Meshar Sasson, da Elbit Systems, acusou a França de tentar bloquear a concorrência, enquanto a Rafael descreveu a ação como “politicamente motivada”.
A organização do salão aeronáutico informou que está em conversas para encontrar uma solução favorável para a situação.