Frágil trégua entre Tailândia e Camboja continua apesar de acusações mútuas
Tanto Camboja quanto Tailândia trocam acusações sobre violações do cessar-fogo, mas seguem em trégua mediada pela Malásia. O acordo visa estabilizar a tensão que resultou em mais de 40 mortes e deslocamento de centenas de milhares.
Trégua Frágil entre Camboja e Tailândia se manteve nesta terça-feira (29), apesar das acusações mútuas de violação do cessar-fogo que encerrou os confrontos na fronteira.
O Exército tailandês acusou o Camboja de violar a trégua acordada em 28 de agosto, após ataques nas primeiras horas da manhã. O Camboja negou as acusações e não houve novos confrontos desde então.
O primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, mediador da trégua, afirmou que "tudo foi resolvido" após reuniões entre os comandantes dos dois exércitos.
A disputa pela faixa de fronteira, incluindo templos hindus, remonta à colonização francesa. Recentes confrontos, iniciados em 24 de agosto, resultaram em 43 mortes e deslocaram 330 mil pessoas.
O primeiro-ministro tailandês, Phumtham Wechayachai, e o homólogo cambojano, Hun Manet, concordaram com a trégua com o apoio de Malásia, Estados Unidos e China.
Phumtham expressou descontentamento com os ataques, enquanto a porta-voz do Camboja, Maly Socheata, assegurou que as forças cambojanas cumpriram o cessar-fogo.
As relações entre Tailândia e Camboja estão em seu pior momento, afetando laços econômicos e culturais e reduzindo a circulação de mercadorias. A trégua foi mediada pela Malásia, presidindo a Asean.
O presidente americano, Donald Trump, parabenizou a trégua e indicou que retomaria as negociações comerciais entre os países, após um aviso sobre tarifas previstas para agosto.
O ministro das Finanças tailandês, Pichai Chunhavajira, revelou que ainda aguardam a decisão dos EUA sobre a proposta de tarifas.