Fortes chuvas e enchentes deixam ao menos 30 mortos em Pequim
Chuvas sem precedentes em Pequim causam mortes e evacuações em massa. Autoridades enfrentam desafios na recuperação e emergência, enquanto recursos são liberados para reconstrução.
Chuvas intensas e inundações em Pequim resultaram na morte de 30 pessoas, segundo a agência estatal Xinhua. A precipitação registrada equivale à quantidade esperada para todo o ano na capital da China.
Das 28 mortes, 26 ocorreram no distrito de Miyun e duas em Yanqing. As chuvas iniciaram na quarta-feira (23) e se intensificaram na segunda. Em algumas áreas, os acumulados chegaram a 543,4 milímetros, quase a média anual de 600 milímetros.
Mais de 80 mil pessoas foram retiradas de suas casas devido às inundações, que danificaram estradas e deixaram 136 vilarejos sem energia. Para aliviar a pressão no reservatório de Miyun, 120 milhões de metros cúbicos de água foram liberados.
O presidente Xi Jinping reconheceu "grandes perdas humanas e materiais" e ordenou operações de busca em "máxima escala". O premiê Li Qiang destacou as perdas significativas em Miyun.
O governo de Pequim emitiu o alerta máximo de emergência e liberou 200 milhões de yuans (cerca de R$ 155 milhões) para reconstrução. A verba será destinada a
- conserto de estradas
- sistemas de abastecimento de água
- unidades de saúde
- serviços públicos essenciais
Dados da Organização Meteorológica Mundial indicam que eventos climáticos extremos triplicaram nos últimos 50 anos devido ao aquecimento global, e o IPCC confirmou que as alterações climáticas estão ligadas à atividade humana.