Formação de preços realista traz segurança energética
Ministério de Minas e Energia implementa recalibração nos modelos computacionais da CCEE para otimizar custos e garantir segurança energética. A mudança, prevista para 2025, busca mitigar riscos de racionamento e melhorar a alocação de recursos no setor elétrico.
Novas diretrizes para o sistema elétrico brasileiro foram aprovadas pelo Ministério de Minas e Energia em 2024, focando na recalibração dos modelos computacionais que definem o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD).
Diferente de mercados internacionais, o PLD é determinado centralmente, não por ofertas de preços. Os modelos computacionais do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) são essenciais para a operação eficiente do sistema e segurança energética.
A complexidade do sistema brasileiro - com tamanho continental e diversificação crescente de fontes de geração - exige constantemente a evolução dos modelos para refletir a realidade atual.
Com a nova calibragem, decisões operativas a partir de janeiro de 2025 buscarão poupar água nos reservatórios e evitar custos altos e racionamentos. Em março, houve um acionamento maior de usinas termelétricas por conta das previsões de seca, resultando em uma economia de 8 gigawatts/mês.
Se a mudança estivesse em vigor em 2024, os consumidores teriam economizado R$ 1,2 bilhão entre agosto e novembro. Respostas a crises passadas, como a de 2001 e os apagões de 2014 e 2021, indicam que uma operação mais ajustada poderia ter mitigado esses problemas.
Ainda assim, algumas críticas surgiram de agentes do setor, buscando retornar aos parâmetros anteriores por questões comerciais. Porém, é vital que o governo mantenha a decisão de 2024 e continue a aprimorar os modelos, evitando contratos que possam expor a sociedade a custos excessivos e a riscos energéticos desnecessários.