Fome extrema em Gaza: Israel diz que vai abrir corredores humanitários e permitir ajuda lançada por aviões
Israel anuncia a criação de corredores humanitários e retomada de ajuda aérea a Gaza em meio à crescente crise alimentar na região. Organizações internacionais alertam sobre a urgência da assistência, enquanto o governo israelense enfrenta pressão global por ações eficazes.
Governo de Israel anunciou no dia 26 de julho que permitirá corredores humanitários para transporte de ajuda em Gaza, com lançamento de comida e suprimentos pela ONU.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram que sete pacotes com alimentos serão os primeiros a ser enviados. A decisão foi influenciada por crescentes pressões internacionais e alertas de fome em massa na região.
O Programa Mundial de Alimentos (PMA) alertou que uma em cada três pessoas em Gaza está sem comida e que 90 mil mulheres e crianças necessitam de tratamento para desnutrição.
Israel garantiu que está melhorando a resposta humanitária e que permitirá pausas humanitárias nas áreas densamente povoadas. Afirmou, ainda, ter reestabelecido o fornecimento de energia a uma usina de dessalinização que atenderá 900 mil moradores.
A responsabilidade pela distribuição dos alimentos, segundo Israel, cabe à ONU e organizações internacionais, que devem garantir que a ajuda não chegue ao Hamas.
Desde março, Israel interrompeu o fornecimento de suprimentos, e desde maio, as entradas são controladas. Autoridades israelenses alegam que alimentos suficientes foram enviados, enquanto a culpa pela crise humanitária recai sobre o Hamas.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, sinalizou que poderiam ajudar no transporte aéreo de ajuda, após uma carta de parlamentares pedindo o reconhecimento do estado palestino.
A ONU criticou a abordagem de Israel e classificou o envio de ajuda aérea como uma distração à inação do governo israelense.
Um responsável da Médicos Sem Fronteiras expressou preocupação quanto aos desafios da ajuda lançada do céu, afirmando que pode não atingir os que mais precisam.
Na sexta-feira, Alemanha, França e Reino Unido pediram o fim das restrições ao fluxo de ajuda para Gaza, ressaltando a grave catástrofe humanitária em andamento.
O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, criticou a indiferença da comunidade internacional e revelou números alarmantes sobre a mortalidade em Gaza.
Um ex-contratado de segurança dos EUA acusou forças israelenses de utilizar força letal contra civis, embora os acusados tenham rejeitado tais alegações como falsas.
A situação continua tensa, com incertezas sobre um cessar-fogo ou acordos de paz entre Israel e Hamas, após o início do conflito em outubro de 2023, que já causou mais de 59 mil mortes em Gaza.