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Fôlego inicial leva PIB a alta acima de 2% no ano, dizem economistas

Economistas projetam um cenário de crescimento moderado para o PIB no segundo trimestre de 2025, impulsionado por medidas governamentais e pelo desempenho da agropecuária. No entanto, a expectativa de desaceleração significativa no segundo semestre preocupa especialistas, indicando um possível crescimento abaixo de 1% em trimestres futuros.

Projeções do PIB no Brasil indicam crescimento acima do potencial em 2025, com resquícios de crescimento do consumo e efeitos de medidas do governo. Apesar de um bom desempenho no primeiro trimestre de 2025, crescimento deve desacelerar para menos de 1% nos dois últimos trimestres, conforme previsões dos economistas ouvidos pelo Valor.

A maioria dos especialistas prevê crescimento mínimo de 2% ao ano, apoiado em incentivos fiscais e programas de crédito, porém, a expectativa é de um segundo semestre com crescimento perto de zero. Luis Otávio Leal, da G5 Partners, projeta alta de 2,3% a 2,5% no PIB, mesmo prevendo desaceleração.

Destaques das projeções:

  • G5 Partners: alta de 2,3%.
  • Bradesco: crescimento de 1,9%.
  • PicPay: entre 2,2% e 0,3% no segundo trimestre.
  • FGV Ibre: até 2% ao final do ano.
  • Fiesp: revisão para 2,4%.

Medidas como crédito consignado e subsídios ao gás e luz têm impacto positivo, mas a inflação persistente e juros altos também exercem pressão negativa sobre o consumo e a fase de crescimento. A herança estatística do início do ano já garante um resultado de 2,2%, mesmo com estagnação nos próximos trimestres.

Economistas reconhecem que a economia apresenta resiliência, mas os desafios fiscais e a incerteza global podem restringir o crescimento robusto e sustentável. A posição de setores menos cíclicos, como o agronegócio, deve continuar sendo um suporte, embora a dinâmica possa ser afetada por fatores externos e internos ao longo do ano.

Perspectivas para 2025 continuam a ser ajustadas, mas a necessidade de desaceleração é reconhecida para corrigir desequilíbrios. A combinação de fatores estruturais e externos deve continuar a influenciar o desempenho econômico – uma situação que requer atenção constante.

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