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Foi arbitrária, diz brasileiro sobre detenção em marcha de aposentados na Argentina

Caio Sigmaringa e outras 113 pessoas foram detidas em protesto de aposentados em Buenos Aires, mas tiveram suas prisões consideradas arbitrárias por uma juíza. O caso levanta questões sobre o direito ao protesto e a liberdade de expressão na Argentina.

Caio Sigmaringa, 30 anos, brasileiro residente na Argentina, foi detido durante protesto de aposentados em Buenos Aires nesta quarta-feira (12).

A mobilização, que contou com apoio de torcidas organizadas e opositores ao governo de Javier Milei, resultou em confrontos violentos.

Sigmaringa, estudante de ciência política e ativista pelos direitos das pessoas com HIV, afirmou que sua participação foi pacífica e que ele e outros manifestantes foram detidos sem justificativa clara.

Após uma hora de contenção, foram informados de que seriam presos. Uma juíza, no entanto, ordenou a liberação de Sigmaringa e mais 113 detidos, alegando violação do direito de protesto.

O ministro Mariano Libarona criticou a juíza, que será investigada.

A Polícia de Buenos Aires defendeu que as prisões foram autorizadas pela Procuradoria. O Consulado do Brasil não foi envolvido no caso.

Sigmaringa deve se apresentar à Justiça com um advogado, sendo acusado de atentado e resistência à autoridade, o que pode resultar em pena de seis meses a dois anos de prisão.

Ele destaca a importância do protesto pelos aposentados, que enfrentam dificuldades financeiras, com aposentadorias mínimas que os colocam abaixo da linha da pobreza na Argentina.

A demanda dos aposentados por melhores pensões é relevante também para o ativismo de Sigmaringa, que integra o grupo Act Up.

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