FMI deposita primeira parcela de acordo e dá alívio a reservas da Argentina
Primeiro desembolso do FMI traz alívio às reservas argentinas após 14 meses de queda. Governo espera também injeções de recursos de outras instituições e busca atrair investimentos estrangeiros.
Argentina recebe primeiro desembolso de US$ 12 bilhões do FMI.
O acordo com o Fundo Monetário Internacional alivia as reservas do banco central, agora em cerca de US$ 36,8 bilhões.
Esse valor faz parte de um acordo total de US$ 20 bilhões, com mais dois recebimentos previstos para este ano: US$ 2 bilhões e US$ 1 bilhão.
O governo aguarda também US$ 1,5 bilhão de organizações internacionais e US$ 2 bilhões de recompra com bancos.
Após 14 meses de baixa nas reservas, os recursos do FMI ajudam a sustentar um novo regime cambial, que flutua entre 1.000 e 1.400 pesos argentinos.
O governo eliminou o cepo cambiário, que restringia a compra de dólares desde 2019.
Nos dois primeiros dias após as mudanças, o dólar oficial se manteve dentro dos limites sem intervenções. Hoje, fechou a 1.234 pesos – desvalorização de 12% desde o fechamento anterior.
O dólar "blue" encerrou a 1.285 pesos, e a diferença entre as cotações oficial e paralela é uma das críticas dos economistas.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, elogiou as políticas do presidente Javier Milei durante sua visita e se encontrou com governo argentino.
O BCRA anunciou a liberação de acesso ao mercado de câmbio para não residentes, visando impulsionar investimentos e criando um ambiente favorável para o mercado de capitais.