FMI confirma acordo com Argentina para empréstimo de US$ 20 bilhões
Acordo técnico entre o FMI e Argentina visa linha de crédito de US$ 20 bilhões para estabilizar a economia. A medida acompanha as reformas fiscais do presidente Javier Milei, focadas em reduzir a inflação e o déficit.
O FMI (Fundo Monetário Internacional) anunciou em 8 de outubro que firmou um acordo técnico com a Argentina para uma linha de crédito estendida de 48 meses, totalizando US$ 20 bilhões (R$ 119,8 bilhões).
O acordo depende da aprovação do conselho executivo do FMI e é baseado no progresso da Argentina na estabilização da economia, com uma âncora fiscal forte que impulsiona a desinflação e melhora os indicadores sociais.
A Argentina, desde seu primeiro resgate em 1958, é o cliente mais problemático do FMI, acumulando US$ 41 bilhões (R$ 239 bilhões) em dívidas, o que representa 28% de todos os empréstimos do fundo.
O presidente Javier Milei busca novos recursos para fortalecer as reservas do Banco Central Argentino e cumprir obrigações do Programa de Facilidades Estendidas de 2022.
Milei implementou um ajuste rigoroso desde que assumiu em dezembro de 2023, cortando gastos em 5% do PIB e reduzindo a burocracia. Embora tenha conseguido um superávit fiscal, o PIB fez uma queda de 1,7% em 2024 comparado ao ano anterior.
Apesar disso, a aprovação popular para seu governo permanece sólida, uma vez que controla a inflação. O anúncio não especifica o montante do primeiro desembolso após a aprovação do acordo, mas Buenos Aires espera receber mais de 40% do total.