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Fluxos de investimento em 2023 para países em desenvolvimento foram os menores em 18 anos, diz Banco Mundial

A queda nos fluxos de investimento estrangeiro direto para economias em desenvolvimento atinge seu menor nível em quase duas décadas. Especialistas alertam que essa desaceleração pode comprometer o crescimento e a erradicação da pobreza global.

Fluxos de investimento estrangeiro direto (IED) para economias em desenvolvimento caíram para US$ 435 bilhões em 2023, o menor valor desde 2005. Para economias avançadas, foram US$ 336 bilhões, a menor quantia desde 1996, conforme relatório do Banco Mundial divulgado em 16 de outubro.

Fatores como barreiras comerciais, fragmentação e riscos geopolíticos estão diminuindo as perspectivas de investimento para países em desenvolvimento. O economista-chefe adjunto Ayhan Kose destacando que a queda é um alerta, essencial para criação de empregos e crescimento sustentado.

O relatório também aponta que recessões globais e nacionais contribuíram para a deterioração do IED. A baixa dos investimentos gerou "vistas lacunas de infraestrutura" e afetou a luta contra a pobreza global e as mudanças climáticas.

Kose enfatizou a necessidade de reformas ousadas e ampliação da cooperação global para estimular o aumento das taxas de investimento internacional. O relatório recomenda que países facilitem o fluxo de IED para os que mais precisam.

Além disso, o Banco Mundial rebaixou a previsão econômica global para 2025 para 2,3%, destacando que tarifas mais altas e incertezas são obstáculos significativos.

  • IED médio global: quase US$ 2 trilhões por ano na última década.
  • Aumento de 10% no IED pode elevar PIB em 0,3% em três anos.
  • Impacto pode ser 0,8% em países com instituições mais robustas.
  • China, Índia e Brasil concentraram quase 50% do IED de 2012 a 2024.
  • Economias avançadas foram responsáveis por 90% do IED nas economias em desenvolvimento.
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