Flores, futebol e favelas: as marcas do papa Francisco em Buenos Aires
Jorge Bergoglio, conhecido como Papa Francisco, mantém laços profundos com seu bairro de origem, Flores, e suas experiências em Buenos Aires moldaram sua visão pastoral. Desde sua infância até sua carreira como arcebispo, ele se dedicou a servir a comunidade e os menos favorecidos.
Bergoglio e seus Laços com Buenos Aires
Antes de se tornar Papa, Jorge Bergoglio foi arcebispo de Buenos Aires, onde sempre manteve conexões com sua cidade natal e seu amado bairro de Flores.
Flores: Berço e Religiosidade
A Basílica de San José de Flores é um marco em sua vida. Aqui, no confessionário, ele sentiu o chamado para ser padre em 21 de setembro de 1953. Segundo o padre Martín Rebollo Paz, “sua vida apostólica começou aqui”. Um presente especial que ele enviou ao bairro em seu 10º aniversário de papado foi uma imagem de São José adormecido.
Toda a comunidade lembra com carinho o passado da basílica, que se situa em uma área agora degradada. Historicamente, o local tinha uma rica herança cultural, mas atualmente enfrenta desafios como a pobreza e moradores de rua.
San Lorenzo
Próximo a Flores, estão suas antigas escolas e o Instituto Católico Nuestra Señora de la Misericordia, onde sua vida religiosa começou. O estádio do San Lorenzo é onde ele era fã fervoroso. Bergoglio celebrava missas em seu aniversário de clube e frequentemente se lembrava do time que o cativou em 1946.
Arcebispo nas 'Villas'
Desde 1998, ele visitava as 'villas' (favelas de Buenos Aires) regularmente. O padre Lorenzo de Vedia destaca que a essência de Bergoglio, como papa e arcebispo, é a mesma: aproximação aos pobres e sensibilidade social. Ele visitava as favelas até seis vezes por ano, promovendo uma “igreja pobre para os pobres”, segundo o padre Guillermo Torres.