Fleury amplia uso de IA em exames e na detecção de doenças e retoma agenda de M&A
Grupo Fleury implementa IA para impulsionar eficiência e produtividade, reduzindo em 50% o tempo de exames de imagem. A companhia segue em expansão e manteve crescimento de lucro mesmo em meio a investimentos tecnológicos.
Grupo Fleury destaca ganhos com a adoção de IA em suas operações, já contando com mais de 50 soluções baseadas nesta tecnologia. A CEO, Jeane Tsutsui, afirmou à Bloomberg que o tempo de aquisição de imagem de ressonância magnética foi reduzido em 50%, permitindo o dobro de exames.
O Fleury possui o maior número de equipamentos de ressonância da América Latina e, segundo Tsutsui, já detectou mais de 1.500 casos graves precocemente devido à IA.
A tecnologia de IA é uma nova ferramenta para os profissionais, mas não substitui totalmente o trabalho humano, mantendo a segurança.
O mercado global de diagnósticos superou US$ 84 bilhões em 2024, impulsionado por soluções de IA e genômica. O presidente do conselho, Marcio Mendes, destacou o investimento em modelos preditivos e o uso responsável da IA.
Na última quarta-feira (11), o Fleury anunciou a aquisição de 100% da Hemolab, com valor de R$ 39,5 milhões, reforçando sua presença em Minas Gerais. Apesar dos investimentos em tecnologia, o Fleury manteve crescimento do retorno sobre o capital investido, atingindo 16,9% no primeiro trimestre.
O lucro líquido do Fleury foi de R$ 179,3 milhões, com receita bruta de R$ 2,188 bilhões, ambos com crescimento anual. A relação dívida líquida/Ebitda permaneceu em 1x, controlada.
O analista Gustavo Miele, do Goldman Sachs, rebaixou a recomendação de compra de Fleury para neutra, com preço-alvo alterado para R$ 15 devido à desaceleração da marca premium.