Fintechs querem se reunir com Haddad contra alteração na CSLL
Fintechs brasileiras alertam sobre impactos negativos da mudança na CSLL para consumidores e inovação no setor. Associações iniciam diálogo com o governo para discutir alternativas e evitar encarecimento de serviços financeiros.
Fintechs brasileiras solicitam reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir a proposta do governo de alterar a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) de instituições financeiras, como alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
A mudança, que extinguiria a alíquota de 9% e manteria apenas as de 15% e 20%, pode prejudicar o acesso da população a serviços financeiros e afetar a criação de novos produtos, segundo as associações.
Fernanda Laranja, vice-presidente da Zetta, ressalta que a alteração impactaria diretamente o consumidor, aumentando os preços ou diminuindo a oferta de crédito, especialmente para pessoas de menor renda.
Diego Perez, presidente da Associação Brasileira de Fintechs (Abfintechs), criticou a falta de diálogo do governo antes da proposta, apontando que isso poderia causar um efeito em cadeia que prejudicaria até instituições não-financeiras.
A Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD) também se manifestou contra a proposta, afirmando que as fintechs não têm privilégios fiscais em relação aos bancos. Gabriel Cohen, da Associação Brasileira das Instituições de Pagamento (ABIPAG), alertou que a equiparação de tributação geraria assimetria e desincentivo à inovação, prejudicando o acesso a serviços financeiros no Brasil.