Financiamento de ESG exige compartilhar risco, dizem especialistas
Especialistas destacam a importância do compartilhamento de riscos e do fortalecimento do mercado de créditos de carbono para viabilizar projetos ESG no Brasil. O evento em Brasília reuniu líderes do setor financeiro e político para discutir avanços e desafios nas iniciativas sustentáveis.
Evento discute viabilidade de projetos ESG
Especialistas e gestores debateram sobre projetos na área de ESG (ambientais, sociais e de governança) no evento “Global Meeting – Finanças Sustentáveis”, realizado em Brasília pelo Instituto Global ESG.
Um dos pontos destacados é a necessidade de compartilhar riscos entre instituições públicas e privadas.
Rodrigo Maia, presidente da Fin, afirmou que o mercado de crédito de carbono pode financiar projetos ambientais e compartilhar riscos. Este sistema foi implantado em dezembro de 2024 e permite a compra e venda de créditos com certificados de redução de emissões de carbono.
A venda de créditos pode reduzir a necessidade de empréstimos no sistema financeiro, diminuindo riscos e juros. Maia ressaltou que o Brasil será beneficiado por esse mercado.
O deputado Flávio Nogueira destacou a matriz de energia renovável do Brasil, enfatizando a necessidade de avançar em crédito na comunidade internacional.
Representantes da Domani Global e da Elo mencionaram que o mercado de créditos de carbono no Brasil se tornará mais robusto e sofisticado, mitigando desconfianças sobre a qualidade dos créditos.
Alexandre Arnone, do Instituto Global ESG, enfatizou a importância da economia circular e a reutilização, além do foco em ações voltadas para o bem nacional.
Sóstenes Marchezine ressaltou a convergência de esforços entre os setores para alcançar as metas de ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), destacando que diferentes iniciativas devem ser complementares.
Vilmar Thewes, do Banco do Brasil, indicou que a sustentabilidade está evoluindo de uma perspectiva filantrópica para um aspecto central em negócios, com R$ 40 bilhões captados para investimentos ESG até 2030.
Jean Castro, da Abrig, frisou que não há espaço para a “involução” do ESG e chamou a atenção para a necessidade de traduzir conceitos de forma que todos se sintam engajados na sustentabilidade.