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Fim de incentivo acende alerta para infraestrutura

Setores de infraestrutura expressam preocupação com novas alíquotas de debêntures incentivadas, que podem comprometer a viabilidade de projetos e leilões futuros. Entidades destacam que a medida pode resultar em financiamento mais difícil e tarifas mais altas, afetando investimentos essenciais.

Alerta no setor de infraestrutura após Medida Provisória (MP) sobre debêntures incentivadas.

A MP foi publicada para alterar alíquotas visando compensar a redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), gerando preocupações em rodovias, ferrovias, saneamento e telecomunicações.

Em 2024, o mercado registrou
captação recorde de R$ 120,3 bilhões em debêntures incentivadas, com destaque para:

  • 39,4% em energia elétrica
  • 23,5% em transportes e logística
  • 10,1% em saneamento

Entidades afirmam que a medida pode:
- Reduzir a atratividade de leilões de concessões
- Criar leilões menos competitivos, com tarifas mais elevadas.

Marco Aurélio Barcelos, da ABCR, critica a aposta do Executivo em arrecadação e questiona sobre a continuidade das emissões.

No setor ferroviário, Davi Barreto, da ANTF, destaca:
- Vários investimentos programados dependem de financiamento
- Aumento da carga tributária prejudica o investimento privado.

A Abdib expressa surpresa com a medida, considerando-a um contrassenso diante da necessidade de investimento privado.

A previsão é de um papel crescente da iniciativa privada para manter o fluxo de investimentos, em meio a um Novo PAC estimado em R$ 1,7 trilhão.

No setor de telecomunicações, Marcos Ferrari da Conexis Brasil Digital aponta que:
- As debêntures contribuíram para uma estrutura de dívida saudável para a expansão
- Aumento de tributos impacta negativamente a implementação do 5G.

As mudanças propostas na MP, como o aumento do imposto de renda sobre Juros sobre Capital Próprio, também preocupam o setor.

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