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Fim das relações EUA-Irã completam 45 anos longe de solução

A Crise dos Reféns, que começou em 1979, marcou o rompimento das relações diplomáticas entre os EUA e o Irã. Com 45 anos de hostilidade, a comunicação se mantém indireta, refletindo a complexidade do cenário geopolítico atual.

Crise dos Reféns no Irã (1979)

Em 4 de novembro de 1979, estudantes iranianos ocuparam a embaixada dos EUA em Teerã, gritando “Morte à América”. Este protesto foi o início da Crise dos Reféns, que durou 444 dias.

Os estudantes viam a embaixada como símbolo do imperialismo que apoiou o regime do xá, deposto pela Revolução Islâmica em 11 de fevereiro de 1979. Eles exigiam a extradição do xá, que estava nos EUA para tratamento médico.

O presidente dos EUA, Jimmy Carter, tentou negociar a libertação dos reféns e impôs sanções econômicas, mas as negociações falharam. Em 7 de abril de 1980, os EUA romperam relações diplomáticas com o Irã, um marco crítico na diplomacia norte-americana.

A libertação dos reféns ocorreu em 20 de janeiro de 1981, mas o diálogo entre os países nunca foi restabelecido. As comunicações são feitas indiretamente através de outras embaixadas.

As relações entre os EUA e o Irã eram próximas até o golpe de 1953, que restaurou o xá no poder. Este apoio motivou descontentamento entre os iranianos, culminando na Revolução Islâmica.

Após a revolução, a hostilidade aumentou, especialmente durante a guerra Irã-Iraque (1980-1988), e os Estados Unidos implementaram sanções econômicas que pressionaram a economia iraniana, resultando na intensificação do seu programa nuclear.

Em 2015, foi alcançado o JCPOA (Plano de Ação Conjunto Global), que limitava o programa nuclear iraniano em troca de alívio de sanções. Contudo, em 2018, o presidente Donald Trump retirou os EUA do acordo, reimpondo sanções e aumentando as tensões.

Em 2025, Trump tentou reiniciar as negociações, mas o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, rejeitou a proposta, alegando que buscava apenas uma aparência de diálogo.

O novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, deseja negociações pacíficas, mas enfrenta resistência interna. Especialistas afirmam que a normalização das relações ainda está distante, dependendo de um novo acordo nuclear.

De acordo com a análise de Vitelio Brustolin, “A possibilidade de uma relação com os EUA passa pela necessidade da queda do governo atual.”

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