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Fim da jornada 6x1 teria impacto negativo no PIB de até 16%, diz estudo

Estudo da Fiemg projeta perdas significativas no PIB e aumento do desemprego caso seja aprovada a redução da jornada de trabalho. Proposta visa modernizar o modelo trabalhista, mas traz riscos econômicos para o país.

Estudo da Fiemg analisa impacto da PEC sobre redução da jornada de trabalho.

Uma proposta de emenda constitucional (PEC) na Câmara dos Deputados sugere o fim da jornada 6x1, com a possível redução para 40 horas semanais.

O levantamento da Fiemg indica que essa mudança pode comprometer entre 14,2% e 16% do PIB, resultando em aumento do desemprego e queda na massa salarial.

  • Cenário 1: Redução sem aumento de produtividade pode resultar em R$ 2,9 trilhões de perda de faturamento e 18 milhões de empregos encerrados.
  • Cenário 2: Com aumento de 1% na produtividade, a perda seria R$ 2,6 trilhões e 16 milhões de empregos.

A Fiemg alerta que a jornada mais curta, sem ganho de produtividade, eleva o custo do trabalho e diminui a competitividade da indústria nacional.

A PEC, proposta pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), visa permitir uma jornada de quatro dias, mas a parlamentar admite buscar um meio termo com cinco dias.

A proposta defende modelos de trabalho flexíveis e melhor qualidade de vida.

O vereador Rick Azevedo critica a jornada 6x1, apontando que é uma “escravidão moderna”.

O estudo destaca que a produtividade do trabalhador brasileiro é apenas 23% da americana, afetada por infraestrutura e educação deficitárias.

João Gabriel Pio, economista-chefe da Fiemg, ressalta que a carga horária média no Brasil é de 39 horas semanais, abaixo da média global.

Flávio Roscoe, presidente da Fiemg, aponta que a redução da carga horária sem diminuição salarial pode pressionar a inflação.

O estudo também menciona consequências como aumento de preços, automação e pressão sobre pequenas e médias empresas, além da dificuldade de reter mão de obra qualificada.

Ricardo Patah, da UGT, afirma que a jornada 6x1 enfrenta resistência crescente, especialmente entre os jovens que preferem evitar trabalhar em finais de semana e feriados.

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