Fim da escala 6x1 une centrais sindicais e ministros em manifestações do 1º de Maio
Centrais sindicais mobilizam trabalhadores por direitos e redução da jornada de trabalho em manifestações de 1º de Maio. Debates sobre o fim da escala 6x1 ganham força entre o governo e parlamentares, apesar da resistência de setores empresariais.
Centrais sindicais levantam bandeira pela redução da jornada de trabalho e fim da escala 6x1 nas manifestações do Dia do Trabalho.
Eventos ocorreram em São Paulo e, pela primeira vez, em São Bernardo do Campo, com presença do ministro da Secretaria-Geral, Márcio Macêdo.
O presidente Lula não esteve presente, mas se reuniu com centrais no dia 29, recebendo propostas como o fim da escala 6x1 e a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000.
Lula gravou um pronunciamento defendendo a discussão sobre a jornada de trabalho, enquanto Rick Azevedo do movimento VAT, elogiou receptividade do governo à causa.
Um levantamento da Unicamp indica que a redução da jornada beneficiaria 37% dos trabalhadores com carteira assinada.
Os ministros Luiz Marinho e Cida Gonçalves também se pronunciaram, destacando a crueldade da jornada 6x1, especialmente para as mulheres.
A proposta da deputada Erika Hilton sugere limitar a jornada a 36 horas semanais, mas Marinho defendeu uma redução gradual.
Entidades do comércio e da indústria criticam a proposta, alegando aumento de custos e riscos à competitividade.
Pesquisas indicam que a mudança pode aumentar o custo da mão de obra em 22%, segundo o economista José Pastore.
Os presidentes da CUT e da Força Sindical ressaltam a importância da mobilização social para a mudança.
Durante as manifestações, entregadores de aplicativos protestaram por direitos trabalhistas e contra a pejotização.