Fim da alta da Selic e tarifaço: Veja o que fazer com os seus investimentos
Copom mantém Selic em 15% e acirra incertezas sobre investimentos; analistas recomendam cautela e foco em longo prazo. Apesar de um possível ciclo de cortes em 2025, as tensões políticas e o tarifaço dos EUA influenciam a estratégia de alocação dos investidores.
Copom mantém Selic em 15%
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano, encerrando um ciclo de sete aumentos consecutivos. A expectativa é que as reduções possam ocorrer em breve, mas a recente tributação dos EUA sobre o Brasil trouxe incertezas ao mercado.
A taxa está no maior nível desde 2006, e a maioria dos economistas acredita que a Selic deve se manter nesse patamar até o final deste ano. A previsão é de que a taxa caia para 12,5% até 2026, segundo o Boletim Focus. Os dados sobre inflação melhoraram, mas o tarifaço de 50% das exportações brasileiras aumenta a volatilidade.
A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está subindo, o que pode impactar sua reeleição em 2026. Entretanto, uma gestão mais gastadora poderia resultar em inflação elevada e juros controlados.
Orientações para investidores
- Marcelo Mello, da SulAmérica, recomenda aumentar ações apenas para quem busca longo prazo e suporta volatilidade.
- Papéis de renda fixa de maior risco, com potencial de cortes na Selic, devem ser considerados.
- Os papéis prefixados estão pagando cerca de 14% ao ano, enquanto os que acompanham a inflação, 7% mais a inflação.
Renda fixa: estrela dos investimentos
- Wilson Barcellos recomenda títulos que acompanham a inflação como proteção contra alta de juros.
- Julio Ortiz acredita que a guerra tarifária complica o cenário econômico, mantendo a renda fixa como preferida.
- Investir em ações é visto como uma oportunidade, mas pede cautela e disposição para o longo prazo.
Em resumo, a abordagem conservadora e focada em renda fixa está em alta, enquanto a volatilidade das ações exige prudência dos investidores.