Filipe Martins não viajou para EUA com Bolsonaro em dezembro de 2022, afirma ex-chefe de cerimonial

Cônsul-geral do Brasil em Tóquio, André Chermont, afirmou que o ex-assessor de Jair Bolsonaro, Filipe Martins, não embarcou com a comitiva presidencial para os EUA em 30 de dezembro de 2022.

Chermont chefiou o departamento Cerimonial da Presidência, responsável pela logística da agenda oficial do presidente. Ele declarou que Martins não estava na base aérea no momento do embarque e que seu nome, que constava na lista inicial, foi excluído antes do voo.

O nome dos integrantes da comitiva foi publicado no Diário Oficial da União em 3 de janeiro de 2023. Chermont, em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), reafirmou que Filipe não viajou para os EUA e que a viagem tinha caráter privado, estando sob responsabilidade da Ajudância de Ordens.

Em depoimento anterior, o tenente-coronel Mauro Cid confirmou que Martins não embarcou para Orlando. Essa viagem foi utilizada pela Polícia Federal e pelo ministro Alexandre de Moraes como argumento para decretar sua prisão preventiva por risco de fuga.

Filipe Martins, que negou ter viajado, foi preso preventivamente em fevereiro de 2024, na operação Tempus Veritatis, e liberado em agosto. Atualmente, está sob medidas cautelares, devendo usar tornozeleira eletrônica, não sair do Brasil, não usar redes sociais e não se comunicar com outros investigados.