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Filipe Martins não foi aos EUA com Bolsonaro, diz diplomata

André Chermont confirma ao STF que Filipe Martins não embarcou no voo presidencial para os EUA com Jair Bolsonaro. O depoimento contradiz uma das principais alegações da PF que fundamentou a prisão do ex-assessor.

André Chermont, cônsul-geral do Brasil em Tóquio, declarou ao STF que Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro, não embarcou com o presidente para os EUA em 30 de dezembro de 2022.

Chermont, que na época era chefe do Cerimonial da Presidência, afirmou que Martins estava inicialmente na lista, mas não estava mais previsto para o voo. A viagem de Bolsonaro era de caráter privado, sendo responsabilidade da Ajudância Geral de Ordens a elaboração da lista de passageiros.

O diplomata também confirmou o depoimento de Mauro Cid, que afirmou que Martins não estava na lista final e contradisse a Polícia Federal, que usou a presença de Martins no voo como indício de risco de fuga.

Martins foi preso em fevereiro de 2024, mas sua defesa sempre negou que ele tivesse viajado com Bolsonaro. A Polícia Federal não apresentou provas conclusivas sobre essa viagem e surgiu evidência de fraude nos registros de entrada de Martins nos EUA.

A empresa aérea Latam comprova que Martins voou de Brasília para Curitiba em 31 de dezembro de 2022, desmentindo a teoria da fuga. O ex-assessor, que estava ciente da sua localização no Paraná, foi preso por quase 7 meses.

O ministro Alexandre de Moraes concedeu a libertação de Martins, mesmo com as evidências apresentadas, e impôs medidas cautelares.

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